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![•Carta aberta de Gitta Lindemann sobre seu filho, Till Lindemann ( parte - 1/4)•
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. Minha primeira turnê com o Rammstein. Sentei-me entre pessoas vestidas de preto, sobre quem havia tido outra ideia. Elas eram calmas, e conversavam sobre seus estudos e suas provas, passando o tempo com conversas surpreendentemente inteligentes. O show havia sido atrasado em meia hora. Era o tempo necessário para os rapazes decidirem se a programação era inadequada: “o que poderia desagradar a mãe dele?". Eu havia vindo secretamente, pois naquela época ele não queria que eu estivesse lá.
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. Mas ele me descobriu. Mais tarde, em grandes estádios, eu seria uma convidada natural. Seja então ou agora, em uma pequena sala ou em arenas gigantescas - a experiência é a mesma. Eu fico entre o público e a música vem a mim, e ruge, e se despeja, e corre pelas paredes, sobe ao céu e cai de volta, e se aninha em seu peito, e sua respiração torna-se ofegante. Eu estou imersa na música e rígida. Com admiração. O líder no palco é meu filho.
.
. Ele conduz a multidão com um aceno de sua mão, ele oferece sua fronte ao ferimento e deixa-se queimar, e sua voz ecoa através do tempo e do espaço. Quanta responsabilidade. Por todas as pessoas que o aplaudem entusiasticamente e o seguiriam onde quer que ele conduzisse.
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. E nisso, me assusto com ele. O que ele faz em si, o que ele deve superar e o que lhe custa entregar o Sol noite após noite, país por país, continente por continente.
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. Mas ele é tranquilo quando estou nos bastidores antes do show, e ele cuida de mim quando estamos em casa. Em casa, em Mecklenburg. Seu lar, suas raízes, a fonte de sua força.
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. Mesmo quando ainda garoto - de férias - ele andava pelo campo, levantava cedo da manhã e ia juntamente com os ordenhadores levar as vacas a pastarem. Dormia ao ar livre sob o céu, ouvindo as maçãs caírem e os patos grasnarem no lago. No outono, ele explorava o bosque à procura de cogumelos, e no inverno fazia longas caminhadas através de grossas camadas de neve, com o gato dentro da jaqueta, pois o animal não conseguia pular os montes de neve. [...]](https://scontent-hel2-1.cdninstagram.com/v/t51.2885-15/sh0.08/e35/s640x640/80813401_186241949196803_3407082416371050795_n.jpg?_nc_ht=scontent-hel2-1.cdninstagram.com&_nc_cat=111&_nc_ohc=5A0WVkNOIw0AX_APLSY&oh=453fe2a10fcac8ae82c69fe16564ad5f&oe=5EC23883 "•Carta aberta de Gitta Lindemann sobre seu filho, Till Lindemann ( parte - 1/4)•
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. Minha primeira turnê com o Rammstein. Sentei-me entre pessoas vestidas de preto, sobre quem havia tido outra ideia. Elas eram calmas, e conversavam sobre seus estudos e suas provas, passando o tempo com conversas surpreendentemente inteligentes. O show havia sido atrasado em meia hora. Era o tempo necessário para os rapazes decidirem se a programação era inadequada: “o que poderia desagradar a mãe dele?\". Eu havia vindo secretamente, pois naquela época ele não queria que eu estivesse lá.
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. Mas ele me descobriu. Mais tarde, em grandes estádios, eu seria uma convidada natural. Seja então ou agora, em uma pequena sala ou em arenas gigantescas - a experiência é a mesma. Eu fico entre o público e a música vem a mim, e ruge, e se despeja, e corre pelas paredes, sobe ao céu e cai de volta, e se aninha em seu peito, e sua respiração torna-se ofegante. Eu estou imersa na música e rígida. Com admiração. O líder no palco é meu filho.
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. Ele conduz a multidão com um aceno de sua mão, ele oferece sua fronte ao ferimento e deixa-se queimar, e sua voz ecoa através do tempo e do espaço. Quanta responsabilidade. Por todas as pessoas que o aplaudem entusiasticamente e o seguiriam onde quer que ele conduzisse.
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. E nisso, me assusto com ele. O que ele faz em si, o que ele deve superar e o que lhe custa entregar o Sol noite após noite, país por país, continente por continente.
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. Mas ele é tranquilo quando estou nos bastidores antes do show, e ele cuida de mim quando estamos em casa. Em casa, em Mecklenburg. Seu lar, suas raízes, a fonte de sua força.
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. Mesmo quando ainda garoto - de férias - ele andava pelo campo, levantava cedo da manhã e ia juntamente com os ordenhadores levar as vacas a pastarem. Dormia ao ar livre sob o céu, ouvindo as maçãs caírem e os patos grasnarem no lago. No outono, ele explorava o bosque à procura de cogumelos, e no inverno fazia longas caminhadas através de grossas camadas de neve, com o gato dentro da jaqueta, pois o animal não conseguia pular os montes de neve. [...]")
![•Carta aberta de Gitta Lindemann sobre seu filho, Till Lindemann ( parte - 2/4)•
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. [...] E as pessoas. “Conte-me do passado" - ele dizia ao seu pai e aos hóspedes na estalagem do vilarejo, já que eles haviam vivido antes de seu tempo. Ele se senta - naquela época e agora - juntamente com as pessoas do vilarejo e os ouve por horas contar histórias com seu senso de humor cru.
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. Ele é popular, e buscam sua companhia. Isso não tem nada a ver com o trabalho dele. Seu pai escreveu um livro sobre ele em que conta de seu espanto por todos os amigos dele confiarem na sua capacidade. Um queria ter sua moto consertada, o pai perguntava desconfiado “Você acha que ele consegue?" e o rapaz dizia “Till consegue". O pai, incrédulo, via isso como um disparate; mas se surpreendia quando o motor voltava a funcionar. “Ele consegue fazer tudo - quanta ousadia, quanta confiança", escreve seu pai.
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. Confiança - essa é a verdade. E creiam-me, ele ousa. Ele busca os limites e os excede. “O que aconteceria se…" é uma pergunta que ele não conhece. Ele tenta, ele testa. Suas letras não são uma questão de coragem, elas são parte disso. Porque ele não fala de si mesmo, sobre suas aspirações e suas dores - ele as chora em seus poemas. Um amigo escreveu: “São feridas de desespero e esperança. Pensamentos de fuga da solidão vindos de um coração cheio de coragem e desejo".
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. Quando a avó dele faleceu, ele estava em sua cama, aninhando-a em seus braços até a morte. Em um poema ele lida com o sofrimento de maneira diferente, e dói ler. De onde ele tira as ideias dele, eu já perguntei. Elas simplesmente existem. Mas às vezes faltam as ideias. Então é ruim. Ele se fecha e se enfurece, e estou eu em meio à tempestade. Mas há sempre a família, que cresceu. E agora ele é o provedor da família, e se certifica que sempre se mantenha unida.
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. Há muitas razões para nos reunirmos. Aqui vêm seus amigos e família, seja para Natal, Páscoa e aniversários, ou apenas um fim de tarde agradável para sentarmos juntos sob o céu de verão e conversarmos. [...]](https://scontent-hel2-1.cdninstagram.com/v/t51.2885-15/e35/c99.0.301.301a/76979588_548289159091739_549889026393723203_n.jpg?_nc_ht=scontent-hel2-1.cdninstagram.com&_nc_cat=111&_nc_ohc=QZsHp--At14AX8BcYdg&oh=5d7d5fa1efbcc2c7907acc0fc6390d1f&oe=5EC2A789 "•Carta aberta de Gitta Lindemann sobre seu filho, Till Lindemann ( parte - 2/4)•
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. [...] E as pessoas. “Conte-me do passado\" - ele dizia ao seu pai e aos hóspedes na estalagem do vilarejo, já que eles haviam vivido antes de seu tempo. Ele se senta - naquela época e agora - juntamente com as pessoas do vilarejo e os ouve por horas contar histórias com seu senso de humor cru.
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. Ele é popular, e buscam sua companhia. Isso não tem nada a ver com o trabalho dele. Seu pai escreveu um livro sobre ele em que conta de seu espanto por todos os amigos dele confiarem na sua capacidade. Um queria ter sua moto consertada, o pai perguntava desconfiado “Você acha que ele consegue?\" e o rapaz dizia “Till consegue\". O pai, incrédulo, via isso como um disparate; mas se surpreendia quando o motor voltava a funcionar. “Ele consegue fazer tudo - quanta ousadia, quanta confiança\", escreve seu pai.
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. Confiança - essa é a verdade. E creiam-me, ele ousa. Ele busca os limites e os excede. “O que aconteceria se…\" é uma pergunta que ele não conhece. Ele tenta, ele testa. Suas letras não são uma questão de coragem, elas são parte disso. Porque ele não fala de si mesmo, sobre suas aspirações e suas dores - ele as chora em seus poemas. Um amigo escreveu: “São feridas de desespero e esperança. Pensamentos de fuga da solidão vindos de um coração cheio de coragem e desejo\".
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. Quando a avó dele faleceu, ele estava em sua cama, aninhando-a em seus braços até a morte. Em um poema ele lida com o sofrimento de maneira diferente, e dói ler. De onde ele tira as ideias dele, eu já perguntei. Elas simplesmente existem. Mas às vezes faltam as ideias. Então é ruim. Ele se fecha e se enfurece, e estou eu em meio à tempestade. Mas há sempre a família, que cresceu. E agora ele é o provedor da família, e se certifica que sempre se mantenha unida.
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. Há muitas razões para nos reunirmos. Aqui vêm seus amigos e família, seja para Natal, Páscoa e aniversários, ou apenas um fim de tarde agradável para sentarmos juntos sob o céu de verão e conversarmos. [...]")
